segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um dia difícil.... é assim a vidinha....

Apetecia-me um miminho.17/02 02:49

Um miminho. Um abracinho. Uma festinha.Porque hoje foi daqueles dias de dor, de choro, mas que me fazem lembrar - e ainda bem - que sou uma comum mortal.Sinto-me tão só. Só apenas e só. Sem nada. Sem ninguém.Vocês fizeram de mim um princesinha, uma bonequinha, mesmo quando tinha de ser Mãe ou Pai ou bruxa má. Tenho tantas saudades do vosso carinho. Sou uma mimada, eu sei. Mas ainda bem. sabia tão bem. E sabe. Ainda hoje quando me sinto assim, a vossa filha mimada e mimalha, sente a falta da vossa mão, do vosso abraço, da vossa palavra.Tou tão farta de chorar que amanhã me vai doer tanto a cabeça. Mas antes a cabeça do que a alma. Como hoje.Fez-me falta a tua rosa, Pai, mesmo.E o tempo passa, mas não passa nada mais do que isso.Isto hoje parece um deserto. E nem sei de mim, neste nada de pó, neste nada de nada. No trabalho, sou fantástica, gostam de mim por mim e pelo meu empenho. Mas não chega.Os meus amigos que leiam isto que me desculpem, mas às vezes o vosso amor, a vossa amizade, o vosso alento, a vossa força e a vossa confiança não chegam. Hoje não chegaram.Hoje faltou-me a luz. E a vossa Jocas, a vossa João, tá sumida, trémula e rala. No tal deserto sem saber dela e sem saber de nada. Para onde ir, porquê ir, mesmo que haja um caminho.Tou carente daquilo que sei que não posso ter. O que é muito complicado.Sinto-me mesmo muito só. Num caminho que nem sei se existe. E nem sei se irá dar a algum lugar.Vocês eram a minha vida. Os bons (e que bons!) e os maus momentos, eram a minha vida. E continua a não ser justo acabarem com a minha vida, assim de repente. Mas foi assim que decidiram. Eu acato e respeito. Mas dias como hoje, não sei se suportarei muitos.Esta falta de mimos, esta falta de ser tudo para alguém, não me deixa seguir. Neste presente, que não é nenhuma dádiva, é um dia atrás do outro. Sem saber para quê e porquê.Preciso de vos ir ver, sentar-me naquela terra estranha e falar com vocês.Que a velinha esteja acesa amanhã.A falta que me fazem. Só não vou para aí porque não me perdoariam. E se calhar eu também não.Pelo menos, creio que estão bem, aí, do alto.A vossa, sempre, tudo, João, num dia difícil.

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