quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Que saudades...

Pela paz de espírito que vocês devem ter, eu me sinto completa.
Dois anos e a dor deste dia permanece.
Não me despedi de ti, Mãe. Desculpa-me.
Mas o Rui despediu-se por ele e por mim, acho eu.
O teu toque, as tuas mãos. Que saudades.
Mesmo já com o corpo longe daqui, consegui sentir-te.
A tua mão.
E eu senti-a. Aquele frio natural (que herdei...!)
A tua mão ficou ficou viva na minha.
Saudades, Mãe. E das à séria. Este ano já não é "faz-de-conta". É mesmo à séria.
Mas já não sofres, não te angustias, não "gritas".
Te amo, minha Mãe.
Dois anos...................... Incrível...........
Fazes-me falta.

26 de Novembro

Um dia diícil. Cheio de lembranças. De palavras, de actos, de gestos, de dores, de não saber o que fazer, de desespero.
Mas vou vivê-lo. Com a minha força, Rui.
Com a força que os Pais querem.
Obrigada a ti, mano, por seres a minha luz.
Obrigada a todos aqueles que sabem quem são.
Voltarei ao de cima, do mar profundo, com custo, mas voltarei.
Prometo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Berlaitada a mais, berlaitada a menos, tenho os meus anjos...

Ontem, ou melhor, anteontem, 2ª feira, foi um dia daqueles.
Mas antes assim como foi, do que pior. E já cá estão as minhas estrelinhas a olhar por mim. Vocês são únicos e os melhores Pais do mundo.
Mas isso já passou.
Hoje teria que estar em cima de um palco, como tu, Pai, mas longe de fazer aqulo que tu fazias. E não vou. Não iria conseguir. Quem me dera ter a tua força. Mas por mais que queira, não tenho. Não te envergonhes de mim. Sabes e eu sei, sei que não seria capaz. Mas não consigo, lamento. Aos dois, esta vergonha.
De parecer tão "alta" e robusta e depois fraquejar tanto, tanto.
Mas dois anos depois já não consigo fazer de conta. Já dói. Já doía. Mas agora é mesmo verdade.
Já não tenho o vosso orgulho na pele, sou uma miuda qualquer.
Sem vocês não vou seguir em frente, não sei para onde vou.
Eu sei que vocês estão melhor, no sítio onde estiverem, mas não é justo para mim. Preciso de vocês. Mais que nunca.
Amanhã vou ser a nódoa e tu, Pai, não vais gostar. Das tripas coração, Mãe, mas não consigo.
Este ano tá muito mais difícil que o anterior. Este é à séria, sem faz-de-conta.
Mas não se arrependam da filha que fizeram, criaram, tornaram pessoa. Por favor.
Ajudem-me a segurar-me. Segurem-me.
Agora, no dia 26, até dia 23, no natal.
Tou fraquinha. Porque não vos tenho nem nunca mais vos vou ter.
Tou aqui, no mesmo sítio. À espera da vossa ajuda. Lá do alto.
Não queria fraquejar, mas tá difícil.
Desculpem-me. Devia ser a filha perfeita, mas não consigo. Sem vocês, fica complicado. Ainda mais quando devia ter força e não a tenho.
Amanhã, há dois anos, fiz-vos a última árvore de natal.E tu perguntavas, Mãe: "ai filha como é que vai ser este natal...?" e eu respondi-te que ía ser igual, só com mais umas canadianas.....
Tu sabias tão bem, Mãe. E foste são bondosa, generosa, como sempre.
Mas eu não percebi, Mãe. Não me digas que foi para me maçar....
Sofro-osd.
A vossa falta é sem limites. Acho que não vai mudar.
O tempo tudo cura?????????????????????? Merda, não cura nada.
Mas que estejam bem, por favor, e desculpem os falhanços da vossa filha mai linda.
Ajudem aí de cima, que aqui de baixo, tá difícil.
Vos amo. Vos amarei. Para sempre.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"E parece que sobrevivi à idades do jesus..."

Assim acabou a minha última entrada aqui no diário...

Desculpem-me, vocês, não ter vindo aqui entretanto, mas a confusão foi tanta que nem dava para escrever, vocês sabem.

Só estou aqui porque, rara excepção, sinto uma auto-estima tão grande que queria partihá-la com vocês. Certo que sabem tão bem quanto eu, ou melhor, aquilo que sinto neste momento dos meus 34 anos.

A mudança não é asim tão má, certo? Mas senti falta do vosso apoio, da vosa confiança em mim, do vosso empurrão, da vossa força.
Mas foi graças a vocês, meus queridos Pais, que das fraquezas fiz forças.

E cá estou, hirta e firme, cheia de esperança e força. Por mais estranho que seja, este desafio trouxe-me um alento que estava mesmo a precisar.
Mesmo, mesmo.

Parece que dei um salto, que um ângulo mudou a minha vida.
Quero continuar a ser boa naquilo que faço. A ter brio.
Como me ensinaram. Respeitando todos os princípios que me legaram.

Bem hajam, por terem criado uma criatura como eu.
Orgulhem-se de mim.
É esse um dos meus maiores objectivos.
E continuar a sentir-vos perto. De mãos dadas.
Vos amo. Muito.
Amo o meu irmão também, como vocês também. E como ele vos ama ....!