segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Páscoa.... deste ano...

A segunda Páscoa
11/04 04:23

Já é sábado de Aleluia.
O segundo. Sem vocês.
E amanhã, ou melhor, daqui a umas horas, o folar.
Dói-me o peito, não só pela época e pelas saudades, também pela ansiedade e nervos que nos últimos dias alguém demente faz com que o dia-a-dia fosse mais confuso, nervoso, inquieto, agitado, perturbado.
O meu e o do Rui, o que agrava a minha ansiedade e tudo mais.
Mas a vida continua, minuto a minuto.
E amanhã há folar.
O segundo, Mãe. Que vai ser feito com muito amor e muito ardor. Com muito custo, com muita dor.
O do ano passdo custou para caraças. Vocês sabem. Eu parecia uma barata tonta. Mas fi-lo e correu tão bem.
Só espero ter a força que tive há um ano, para fazer este.
E espero que estejam perto de mim, preciso de vos sentir amanhã.
No ano passado, ainda cá estava o Zé, que lá da forma dele, me ajudou (sem ajudar, mas ajudando, apesar de tudo...). Mas não estava tão sozinha como hoje.
Por isso amanhã vai ser difícil.
Sei que podia pedir ao Rui e à Raquel para cá virem, até à Sílvia, mas não, quero fazê-lo tal como estou, sozinha. Eu, a massa e vocês.
E espero que se orgulhem de mim como na última Páscoa. Espero mesmo. Se correr mal, vão voar coisas cá em casa, Vou partir qualquer coisa... Não tou numa fase muito calma e já de mim.... vocês sabem.... saio ao Pai, parte-se qualquer coisa, ou algo do género.
Mas espero que me saia bem, até porque vos quero levar uma fatia, como no ano passado.
E se corrrer bem, passo na prova. Na minha prova, não na vossa, porque não estão aí para me criticar, apenas para me ajudar e olhar do alto.
Mas preciso do vosso orgulho. Não tenho o de mais ninguém. Mais que não seja do folar, preciso que se orgulhem de mim.
Já não sinto isso há tanto tempo.
E pronto, lá está, sinto-me pequenina, sem jeito, sem nada. Naquele deserto. Naquele pó de que faço parte.
Portanto, é bom que amanhã venham cá a casa. Para me darem uma mãozinha e também para verem as fotografias fantásticas do Rui que pus na parede da sala (ele nem sabe ainda).
Um ano e tal e tá tudo na mesma. Quase um ano e também não concretizei aquilo que queria, tá tudo quase na mesma. Um ano e pouco e o Rui ainda não tem a paz que merece, nem os vossos netos.
Obrigada, Raquel. Muito obrigada, mesmo. Já gostava tanto de ti. Agora é diferente, porque se lhe fizeres mal, este amor torna-se ódio. Mas sei que não lhe vais fazer mal, por isso te agradeço. Ver o meu irmão - o meu mais que tudo e único mais que tudo, feliz, por tua causa, chega-me para te amar e para acreditar que não vai mudar.
E obrigada pelos meus sobrinhos. Ama-los e isso sabe bem. A mim, a eles e naturalmente, ao Rui.
Ena pá.... só aqui vinha falar da Páscoa.
E ao terceiro dia, ressuscitou.
Mas vocês não. E a minha vida também ainda não.
Mas há-de correr tudo bem.
Somos os bons da fita. Merecemos um filme com um final feliz.
Como dizia ontem ao Rui, a maldade não mora connosco. Não existe cá dentro. E os bons prevalecem. E os valores. E os princípios. E a moral. E a ética. E o carácter. E a personalidade. E o sangue que nos corre nas veias. Somos dos bons.
Assim seja.
E amanhã há folar. Com vocês.
Acompanhem-me. Estejam perto. Deixem-me sentir-vos.
E por favor, deixem-me sentir-vos orgulhosos de mim.
É de orgulho que tou a precisar.
Do vosso, sobretudo. E de todos, em geral.
Páscoa Feliz, meus Pais.

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